terça-feira, 31 de julho de 2012

MEMÓRIAS DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA ETI EM GOVERNADOR VALADARES


A implantação da Escola em Tempo Integral, na rede municipal de ensino, se deu em 2010 para a maioria das escolas dos Meios Urbano e Rural. A rede já vivenciava a organização escolar em Ciclos de Formação e Aprendizagem, desde 2003: Ciclo da Infância, Ciclo da Pré-Adolescência e Ciclo da Adolescência, implantados, gradativamente, em toda rede municipal.

A Secretaria Municipal de Educação, iniciou sua pesquisa e estudos sobre a ETI, em 2009, com a coordenação do Prof. Rudá Ricci. Um grupo de funcionários da Secretaria, composto por representantes dos Departamentos de Organização Escolar, Ensino e Apoio ao Educando constituiu a equipe de frente para conduzir o trabalho sobre o projeto da ETI, sinalizado em Lei e na proposta de governo da atual administração.

O desafio era enorme... o país sofria com a crise financeira mundial; muitos dos emigrantes voltavam  para a cidade e esta precisava se preparar para recebê-los. Emprego, escola, habitação... tudo isso e muito mais precisava ser pensado pelo governo atual.

Mas, como fazer essa implantação? Só para algumas escolas onde a infraestrutura fosse adequada ou para todas? O pensamento do grupo de pedagogos e professores da Secretaria Municipal de Educação era de oferecer uma educação integral e de qualidade para todos: 51 escolas, distribuídas nos Meio Urbano e Rural (28 no meio urbano e 23 no meio rural).

Com toda essa problemática em questão, a SMED, priorizou sete projetos estruturantes e dividiu sua equipe para estudar e desenvolver trabalhos relacionados aos projetos. Cada grupo pensou, passo a passo, a forma de implantação.
Projetos estruturantes:


Para a execução do Projeto da Escola em Tempo Integral, havia, também, equipes que pensavam a estrutura e os recursos financeiros necessários para o funcionamento e manutenção das Escolas.

Ainda em 2009, a partir da idealização da Proposta, iniciou-se a elaboração dos Cadernos Temáticos, que norteariam o trabalho pedagógico nas escolas, sendo estes entregues no início de 2010.
O Caderno Temático 1 contém toda a fundamentação sobre a Escola em Tempo Integral: o histórico da realidade do município com suas necessidades, a jornada do professor, a forma como o currículo foi pensado, já com a ideia de passar de disciplinar para multidisciplinar, dividido em eixos temáticos que teriam a mesma carga horária, ou seja, o mesmo peso.

A estrutura curricular apoiou-se então, na seguinte lógica:

Estratégia Educacional: Identidade e respeito à diversidade para o desenvolvimento sustentável.

Eixos Temáticos: 
  • Comunicação e Múltiplas Linguagens;
  • Identidade e Diversidade;
  • Sustentabilidade e Protagonismo. 

Disciplinas e Conteúdos: Língua Portuguesa, Matemática, Língua Estrangeira, Artes (música, dança, teatro e artes visuais), Informática Educacional, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Ensino Religioso, Educação Física, Ciências da Natureza, Formação Moral, Produção Sustentável, Movimentos, O Brincar, Identidade, Conhecimento do Meio, Múltiplas Linguagens. 

Os Cadernos Temáticos 2, 3 e 4 foram elaborados já com agrupamentos das disciplinas/conteúdos por eixos, apresentando:
·         Tipologia de Conteúdos (conceituais, procedimentais e atitudinais).
·         Necessidades educacionais de cada Ciclo e cada Modalidade de  Ensino.
·         Fases do Desenvolvimento  Humano.
·         Currículo da rede municipal (tabela curricular por etapas de desenvolvimento humano em cada eixo temático).

Ainda no ano de 2009, realizamos várias reuniões para apresentação da proposta da E.T.I. com as Secretarias Municipais, sociedade civil, diretores, pedagogos e em todas as escolas com os professores e funcionários administrativos.

Também foram realizados dois Seminários para debater sobre o tema: Seminário do Campo e Seminário da ETI em Governador Valadares. Nesses seminários, as maiores dúvidas surgidas foram sempre com relação ao horário de trabalho do professor e sua situação no município.

Estavam previstas reuniões com os pais de cada comunidade, mas não foi possível realizá-las no cronograma do ano de 2009, ficando estas para o ano de 2010. Também não foi possível discutir, durante a assessoria do Professor Rudá, as questões relacionadas à avaliação na ETI, tanto no desempenho dos alunos diante da nova proposta, quanto do Projeto em si (indicadores de qualidade).

Ainda no final de 2009, conseguimos a adesão ao Programa Mais Educação (MEC/FNDE), que ajudaria na implantação da ETI com recursos financeiros e humanos que desenvolveriam oficinas, escolhidas nos macrocampos disponibilizados pelo Programa. Foi necessário, então, uma ampliação na jornada do aluno, uma vez que o Programa exigia o mínimo de 7 horas diárias. Diante dessa exigência, a Secretaria alterou sua primeira proposta de 2 turnos de 6 horas para um turno único, de 08 horas.

Esse fato viabilizou a organização da jornada ampliada e a vivência da ETI dentro da diversidade das escolas do nosso município.

Assim, o ano de 2009 encerrou-se com as seguintes conquistas:
·         encaminhamentos dos cadernos temáticos para a gráfica, com prazo de entrega estabelecido e cumprido em tempo hábil;
·         levantamento dos espaços necessários a serem alugados, para atender à demanda das escolas;
·         preparação para o concurso público a ser realizado no mês de janeiro de 2010;
·         propostas de assessorias às escolas e formações para os pedagogos e professores com um novo formato;
·         elaboração de novos diários de classe, voltados para a proposta em questão;
·         assembléias e encontros realizados nas escolas, para esclarecimentos sobre a ETI;


Em 31 de janeiro de 2010, foi realizado o concurso público com a perspectiva de se encaminhar professores e pedagogos em quantidade suficiente para atender à nova proposta. Porém, o processo seletivo demandou tempo e não foi possível encaminhar os profissionais necessários às escolas, no início de fevereiro. A demora na liberação da classificação dos concursados fez com que a Secretaria o fizesse através de editais para designações de pessoal.

As escolas que tinham uma estrutura melhor ou seus espaços já alugados para atender à demanda de alunos da E.T.I. iniciaram logo em março/abril, perfazendo uma jornada de 8horas (7h às 15h).

As demais escolas foram implantando de maneira gradativa, de acordo com a adequação dos espaços, conclusão de obras, quadro de funcionários completo.

A E.T.I. demandou, também, a organização pedagógica por espaços educativos (cantina, quadra esportiva, salas de leitura, quiosques, escovódromos, salas de informática...).

Em março, paralelamente à implantação da E.T.I., iniciaram as atividades do Programa Mais Educação em dezessete escolas municipais, localizadas no meio urbano. As oficinas aconteciam dentro da matriz curricular, de forma alternada com os conteúdos obrigatórios e não no contraturno.

Ainda em março, a equipe pedagógica da Secretaria realizou a primeira formação dos Professores Comunitários do Programa, criteriando questões pedagógicas de acompanhamento das atividades dos Oficineiros: metodologia, postura profissional, objetivos, vocabulário e planejamento, além de esclarecimentos e orientações para a execução do Programa (formulários, relatórios, cálculos, recibos e outros).

Logo em maio, iniciou-se a formação continuada dos professores dos anos finais, por eixo temático. O Departamento de Ensino, além da assessoria às escolas, ofereceu a formação continuada para todos os professores, com quatro horas mensais. Esses encontros foram planejados pela equipe do Departamento de Ensino e visavam, além da integração e relato de experiências dos professores, à sugestão de trabalho didático coerente com a proposta.

Uma equipe de Técnicos em Conteúdo Curricular foi contratada para a formação desses profissionais e para ajudar na formação dos professores dos anos iniciais também. Paralelo a essas formações, a equipe pedagógica do DE desenvolvia a formação dos professores de anos iniciais, pedagogos e dos diretores, mensalmente.

Também no primeiro semestre de 2010, o Departamento de Apoio ao Educando desenvolveu formações com os Auxiliares de Serviço Público, visando melhorar a preparação das refeições, limpeza, organização dos espaços e relacionamento entre si e com os alunos.

O Departamento de Organização Escolar também promoveu vários encontros com os Agentes de Administração e Oficiais de Secretaria para orientação e esclarecimentos em relação aos registros pertinentes à vida escolar dos alunos: diários de classe, histórico escolar, classificação e reclassificação, quadros informativos de alunos e de pessoal, de freqüência, dentre outros.

Em novembro de 2010, a equipe pedagógica do Departamento de Ensino, preocupada com o impacto da implantação da ETI, propôs às escolas uma intervenção pedagógica, para sanar dificuldades de aprendizagem dos alunos. Consideramos que a medida foi necessária porque foi possível melhorar os resultados.

O ano de 2010, em virtude de todos os desafios colocados acima, foi um ano tumultuado, com muitas mudanças e conflitos. De qualquer forma, persistimos em nosso ideal de realizar uma educação integral para todos.

Dificuldades encontradas na implantação da E.T.I.( 2010)

 A Organização do cronograma de formação dos professores foi uma tarefa árdua, porque apesar de as escolas reservarem módulos de estudo por eixo temático, como foi solicitado pela Secretaria, não conseguiram organizá-los em número de horas suficiente (quatro horas). A cada novo mês, após a avaliação feita pelo grupo sobre o resultado das formações, a equipe pedagógica reprogramava a melhor forma de atender a todos os professores.

No decorrer da implantação, muitos desafios surgiram. Como o concurso público foi para uma jornada de 22h e 30, portanto, diferente do que havia sido pensado enquanto proposta, que era de 40h, ficou difícil organizar o horário dos professores para o estudo coletivo nas escolas e na SMED. Nas escolas encontramos professores de 22h e 30min, de 40h e ainda profissionais com dois cargos, ou seja, com 45h semanais.

Na elaboração da matriz curricular, com a necessidade de se colocar oficinas que completassem a carga horária dos professores, faltaram unidade e coerência com a proposta.

Outra dificuldade encontrada foi em relação à merenda escolar. Organizar o cardápio de maneira adequada e fazer com que as cantineiras das escolas soubessem fazer uso da quantidade certa, a conferência dos alimentos que chegavam.... Na proposta para a Escola em Tempo Integral foi pensado o cargo de Agente de Educação, que faria o trabalho de orientar as crianças para o horário de almoço, tornando-o um momento educativo. Como a Lei Complementar nº 29/2009 não foi aprovada a tempo, os Agentes Administrativos foram contratados para desenvolver o trabalho de Assistente de Turno ou Disciplinário, o que não condizia com as atribuições do Agente de Educação.

Alimentação dos professores: conforme resolução do FNDE/MEC, a merenda do aluno não pode ser consumida pelos professores. As dificuldades logo vieram à tona: escolas localizadas em bairros periféricos, sem restaurantes próximos, horário insuficiente para o almoço, não permitindo que o professor fosse em casa e retornasse para as aulas, professores trazendo marmita ou fazendo sua própria comida no espaço escolar, em seu horário de descanso.

A rotatividade de professores ao longo do ano, em função do concurso e a exigência de que assumissem a jornada de quarenta horas fez com que todo o trabalho de organização do horário fosse refeito em agosto de 2010.

Outra grande dificuldade enfrentada e muito questionada pelos pais, imprensa e comunidade local referiu-se à infraestrutura dos prédios escolares. O atraso na entrega das adequações de espaços pela empresa de engenharia contratada, falta de recursos financeiros para a continuidade das obras e espaços alocados e adaptados impediram que neste primeiro ano o funcionamento da E.T.I. tivesse o resultado esperado.

Com relação, especificamente ao Campo:
·         a Secretaria Municipal de Educação não contava, no seu quadro de funcionários, com pessoas  com acúmulo/vivência em relação à Educação do Campo, inviabilizando a construção do Caderno Temático específico;
·          dificuldade de acesso a algumas localidades por falta de condução e estradas intransitáveis;
·         precariedade na comunicação, uma vez que algumas escolas não tinham telefone e não estavam ligadas em rede;
·         a merenda escolar oferecida nas escolas do Campo nem sempre eram as mesmas das Escolas da cidade por dificuldade de transporte adequado e acondicionamento.

Com relação ao Programa Mais Educação, muitos professores não aceitavam os Oficineiros voluntários nas escolas, alegando que os mesmos não tinham formação pedagógica.

A demora na liberação dos kits de custeio e capital pelo MEC/SECAD/FNDE também prejudicou o andamento das oficinas do Programa que só chegaram no mês de agosto.

Também os espaços físicos inadequados nas escolas para a execução do Programa  exigiram reparos e adaptações (paredes, grades, telhas, divisórias) para garantir o funcionamento das oficinas no horário de aula.

Em 2011, já com muitas dificuldades solucionadas, tivemos um ano mais tranqüilo: o Programa Mais Educação melhor organizado e estendido às Escolas do Campo, com Oficineiros em menor número e com a exigência do nível médio para todos; maior aceitação dos Oficineiros por parte dos professores por compreenderem o Programa e a parceria que existia entre a escola e os mesmos.

A matriz curricular das escolas foi reelaborada, de acordo com a proposta pedagógica, considerando os eixos temáticos.

O horário para estudo coletivo dos professores ficou melhor organizado na maioria das escolas, uma vez que o mesmo consistia em um dos problemas a serem solucionados até então.

Com relação à merenda escolar, esta foi descentralizada no Campo, possibilitando às escolas rurais adquirirem os alimentos perecíveis.

Nas escolas do meio urbano, alguns diretores buscaram alternativas para a alimentação dos professores, adquirindo micro-ondas ou criando um fundo de reserva onde todos contribuem com uma quantia para a compra dos alimentos que são preparados na própria escola. Contudo, a questão da alimentação do professor ainda não foi resolvida satisfatoriamente, interferindo nas suas condições de trabalho.

A formação continuada oferecida pela equipe Técnica e Pedagógica  continuou acontecendo  mensalmente, em três horários, sendo o noturno uma alternativa para os professores de 22h30. Os professores de 40h eram contemplados em sua grande maioria.

Com relação à infraestrutura, ainda precisava melhorar muito. O FNDE/MEC, através do PAR – Plano de Ações Articuladas, sinalizou a possibilidade de recebermos, em 2012, recursos para ampliação, reforma e adequação de algumas escolas, em situação de precariedade.

Durante o ano, foram realizados três fóruns de discussão e uma Conferência Municipal abordando os seguintes temas:

1º Fórum: Ciclos de Formação e Aprendizagem - Repensando nossa prática;
·            A transição da Educação Infantil para o Ciclo da Infância;
·            Análise de instrumentos avaliativos e/ou de ensino;
·            Progressão Continuada com foco na avaliação do processo de ensino e de aprendizagem.

2ºFórum: Ciclos de Formação e Aprendizagem – Anos Finais;
  • Avaliação e Progressão Continuada
  • Organização Escolar em Ciclos de Formação e Aprendizagens.


3º Fórum: Ciclos de Formação e aprendizagem – Retenção e Progressão Continuada;
·        Avaliação
·        Progressão Continuada
·        Retenção

Conferência: “Currículo e Educação Integral” com os seguintes subtemas:
·      Formação de Profissionais da rede;
·      Relações Humanas e Convivência na Escola;
·      Currículo.

Ainda em 2011, recebemos a equipe da UFMG – Grupo Teia (Territórios, Educação Integral e Cidadania), contratada pelo FNDE/MEC para monitorar a Escola em Tempo Integral, uma vez que nosso Projeto se tornou pioneiro, pois universalizou o tempo integral para todos os alunos da rede.

A equipe visitou escolas dos meios urbano e rural colhendo dados. Realizou pesquisa com alunos, professores, pais, diretores, pedagogos, oficineiros e comunidade escolar. Entrevistou servidores da SMED e sugeriu que fizéssemos um estudo do documento    “Tendências para Educação Integral” – CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), para reestruturar a concepção de educação integral da Secretaria e sua equipe, pois, segundo Lúcia Alvarez (coordenadora da pesquisa), a mesma não estava clara nos Cadernos Temáticos.

Em 2012, o trabalho realizado pela equipe de Técnicos em Conteúdo Curricular  e Pedagogos tem se firmado na Escola em Tempo Integral com a  formação continuada dos professores dos anos iniciais e finais e acompanhamento do trabalho pedagógico às escolas, tanto no meio urbano, quanto no meio rural.

Os resultados da pesquisa realizada pelo Grupo TEIA - UFMG foram apresentados à equipe da SMED, em julho de 2012 e comprovam o que está descrito acima.

No que diz respeito ainda ao Grupo TEIA – UFMG que vem, desde 2010, estudando e articulando formas de promover crescimento profissional para os envolvidos na ETI continuará, com base nos resultados da pesquisa realizada, nos orientando na construção de indicadores de monitoramento e avaliação da ETI.

Também em parceria com o FNDE/MEC, o grupo TEIA/UFMG está promovendo um curso de capacitação e aperfeiçoamento para a rede municipal de ensino, com o intuito de que todos se apropriem da concepção da Educação Integral e Integrada. É um curso semipresencial, com assessorias on line. A aquisição dessa conquista se deve à implantação da ETI com um projeto diferenciado de muitos outros que existem no país.

Em relação aos outros dados da pesquisa, eles servirão de subsídio para o trabalho da Secretaria e nortearão os próximos passos.

Domênica Ribeiro Strappa











Formação: Graduação – Ciências Biológicas Licenciatura
                   Instituição: Universidade Vale do Rio Doce “UNIVALE”. Ano: 2006
                   Pós Graduada em Docência do Ensino Superior.
                   Instituição: Universidade Castelo Branco UCB Ano: 2009
                   Pós Graduada em Gestão Ambiental
                   Instituição: Senac Minas Gerais Ano: 2011

Experiências: Professora dos Anos Finais em Ciências e Biologia
                   Secretaria Municipal de Educação –SMED
                   Função: Técnica em Conteúdo Curricular em Ciências.


Apresentação: Meu nome é Domênica Ribeiro Strappa sou Técnica em Conteúdo Curricular em Ciências na Secretaria Municipal de Educação –SMED desde Abril de 2010.
   O foco do nosso trabalho é a formação continuada e assessorias para todos os professores do nosso eixo Sustentabilidade e Protagonismo que contemplam as disciplinas de Ciências, Geografia, Educação do Campo.
 Realizamos nossas Assessorias em todas as Escolas Municipais de Educação.
  Toda vez que vamos às escolas sempre anunciamos na secretaria quem somos e porque estamos lá e pedirmos para conversar com a Diretora ou Pedagogas. Em conversa com as pedagogas, procuramos sempre saber: Quais os horários vagos dos professores; Se a escola tem formação por eixo; Se tiver formação por eixo quais são os dias; Qual é o Endereço da escola; Quem é o diretor (a); Quem são as Pedagogas; Qual é o Projeto Institucional da Escola; Quais são os professores de Ciência e Geografia, Educação do Campo.
  Procuramos ir às escolas com o intuito de observar nas paredes ou em qualquer outro lugar, trabalhos que são realizados pelos professores com seus alunos.  Na maioria das vezes os próprios professores comentam com a gente os trabalhos realizados ou em realização.
   Procuramos participar das formações do eixo Sustentabilidade e Protagonismo para maiores aprendizagens.
  Esse trabalho de Assessoria é muito importante, pois ficamos conhecendo melhor o trabalho das pedagogas e dos professores de Ciências e Geografia de todas as Escolas Municipais de Educação.
   Com a Escola em Tempo Integral, as crianças e adolescentes passam a ter mais tempo para interação, currículo diferenciado levando em consideração os ciclos de desenvolvimento humano, aulas comuns alternadas com oficinas diversas que visam ao desenvolvimento integral, acesso aos bens culturais e novas tecnologias. A informática educacional perpassando todos os conteúdos como suporte para aprendizagem.
   A cada ano podemos perceber os avanços: o entendimento da proposta vem chegando, as escolas vão se organizando melhor, otimizando os espaços, organizando os momentos de estudo coletivo por eixo temático, organizando as oficinas do Mais Educação.

Douglas Torres Miranda

Imagem de DOUGLAS TORRES MIRANDA



Formação:

Licenciado em Educação Física  pela FAMINAS - Faculdade de Minas
Pós graduado em Treinamento Desportivo pela FIJ - Faculdades Integradas de Jacarepaguá


Experiências

Professor de Educação Física (ETI / Muriaé) na rede Estadual (2007 a 2009)
Professor de Educação Física (Infantil / Muriaé) na rede Particular (2008 a 2009)
Professor de Educação Física (Meio Rural / Patrocínio de Muriaé) na rede Estadual (2008 a 2009)
Professor de Educação Física (EJA / Governador Valadares) na rede municipal (2010)
Técnico em Conteúdo Curricular em Educação Física / SMED (2010 - atual)


Apresentação:

Atualmente sou Técnico em Conteúdo Curricular em Educação Física na SMED - Secretaria Municipal de Educação de Governador Valadares. 

Meu primeiro contato com a ETI foi no município de Muriaé onde vivenciei nos anos de 2007 a 2009 na rede Estatual, neste período fui convidado a participar do curso "EDUCAÇÃO FÍSICA NA ETI" pela UFJF e posteriormente repassar para os demais professores.

No ano de 2010 iniciei minha caminhada na SMED como Técnico em Conteúdo Curricular em Educação Física, tenho contribuído na formação continuada dos professores de Educação Física dos anos iniciais, finais e EJA, no Eixo Identidade e Diversidade. Também faço assessorias às escolas municipais, com o objetivo de auxiliar os professores em sua prática e em relação às diretrizes da ETI.

Elenilza Ingrácia da Silva Rosa

Imagem de ELENILZA INGRACIA DA SILVA ROSA


Formação:  Graduação: Pedagogia e Direito
                    Especialização: Supervisão Escolar, Gestão Pública Municipal e
                    Teologia e Ensino Religioso
Experiências:
Professora de Educação Infantil, anos iniciais e finais do Ensino Fundamental;
Pedagoga das  Escolas Municipais Maria Elvira Nascimento e Senador Teotônio Vilela;
Diretora da Escola Municipal Maria Elvira Nascimento;
Diretora do Departamento de Organização Escolar – DOE/SMED
Gerente do Projeto Estruturante da SMED: reestruturação curricular;
Técnica em Conteúdo Curricular – Ensino Religioso;
Conselhos  Municipais : FUNDEB , Direitos Humanos e  Conselho                        
Municipal de Educação, Comissão Intersetorial de  Convivência
Familiar e  Comissão de elaboração, acompanhamento  e monitoramento do  PAR ( Plano de Ações Articuladas – 2011/2014).

Apresentação:
   Sou pedagoga do Ensino Fundamental, lotada na SMED. Atualmente na função de Técnica em Conteúdo Curricular – Ensino Religioso, tenho contribuído na formação continuada dos professores de Ensino Religioso, no Eixo Identidade e Diversidade. Também faço assessorias às escolas municipais, com o objetivo de auxiliar os professores em sua prática e em relação às diretrizes da ETI. Esse trabalho é mais direcionado aos professores de anos finais do Ensino Fundamental.
  Em relação ao público adolescente, meu trabalho é feito de forma indireta, junto aos professores dos anos finais do ensino fundamental.
  Como Diretora do Departamento de Organização Escolar – DOE, no período de janeiro de 2009 a setembro de 2010, participei de todo o processo de implantação e implementação da Escola em Tempo Integral, gerenciando um dos 7(sete) Projetos Estruturantes da SMED: reestruturação curricular. Caberia à equipe desse Projeto promover estudos com toda a equipe da SMED, colher sugestões para que pudéssemos traçar o retrato do município, definir conteúdos, a forma do currículo (INTER? MULTI? TRANS? POR ÁREA?), elaborar diretrizes curriculares/matriz curricular e elaboração de sistema de avaliação e monitoramento.
   Todo esse trabalho foi feito com a assessoria do Professor Rudá Ricci, através do Instituto Cultiva. Não foi possível elaborar indicadores de monitoramento e avaliação.
   Em 2010, iniciamos a implantação gradativa da ETI. Como toda implantação, gerou muito desconforto e descontentamento por parte dos professores. Todos se posicionaram no sentido de entender a necessidade da implantação mas discordavam da maneira como a mesma aconteceu: falta de adequação da rede física, imóveis alugados sem nenhum conforto e sem atender as necessidades das escolas. Paralelo à implantação, houve o concurso público e a mudança no cumprimento da carga horária do professor de 22h e 30min. A insatisfação foi geral. Iniciou-se uma greve que acabou por comprometer ainda mais a implantação da ETI. O Programa Mais Educação também foi implantado de maneira confusa com muitos oficineiros por escola. Outro conflito surgido foi em relação ao horário de almoço dos professores e a proibição de que os mesmos utilizassem da merenda dos alunos para se alimentar.
   Em 2011, apesar de todas as insatisfações pudemos registrar alguns avanços: a formação continuada em serviço foi reestruturada para melhor atender aos professores; alguns espaços alugados foram adaptados para melhor atender as demandas das escolas, as matrizes curriculares foram reorganizadas e o Programa mais Educação também sofreu alterações para melhor.
  Para 2012, os desafios continuam, mas esperamos que os recursos para reforma, ampliação e adequação conseguidos pela Secretaria através do PAR – Plano de Ações Articuladas, seja disponibilizado e os demais problemas em relação ao funcionamento da ETI sejam superados.
   O resultado da pesquisa realizada pelo grupo TEIA – UFMG foi apresentado à equipe da SMED em julho de 2012 e servirão de subsídio para o trabalho da Secretaria e nortearão os próximos passos.

Elyzabeth Lopes Latorre

Imagem de ELYZABETH LOPES LATORRE


Formação:
Licenciada em Letras  pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - FAFI
(atual UNIVALE) – Governador Valadares
Pós graduada em metodologia de ensino  pela UNIVALE.

Experiências:  
Professora de Línguas Inglesa e Portuguesa ( anos finais) – redes municipal e particular.
Técnica em Conteúdo Curricular – Língua Portuguesa ( 1991 a 2001).  Coordenadora da Seção de Formação Continuada ( 2001 a 2003).
Diretora do Departamento de Ensino ( 2008 a 2011).
Gerente do Projeto Estruturante – Escola em Tempo Integral – 2009
Comissão de monitoramento do PAR – 2008 -2011
Conselheira do FUNDEB – 2007 - 2010

Apresentação:
 Sou funcionária da Secretaria Municipal de Educação, desde 1991, atuando na área pedagógica, como Técnica em Conteúdo Curricular em Língua Portuguesa. Cargo extinto, em 2002 e retomado com a Escola em Tempo Integral pela Lei Complementar 129/2009.
   A equipe de Técnicos, junto com os pedagogos, realiza formações continuadas mensais, com intuito de ajudar os professores e pedagogos na implementação da proposta pedagógica por eixo temático e metodologias.
  Participei do processo de implantação da ETI, desde 2009, quando foram realizados estudos e elaborada a proposta pedagógica, sob a coordenação do Professor Rudá Ricci, do Instituto Cultiva.
  Naquele ano, atuava como Diretora do Departamento de Ensino e gerente do projeto estruturante – Escola em Tempo Integral, sendo  responsável pela parte pedagógica da Escola em Tempo Integral. Coordenei a elaboração dos cadernos temáticos elaborados para subsidiar o trabalho nas escolas municipais e encaminhados para as escolas no início de 2010.
  Em novembro de 2011, retornei à função de Técnica em Conteúdo Curricular e assumi a formação continuada dos professores dos anos finais do ensino fundamental – língua portuguesa, no eixo Comunicação e Múltiplas Linguagens. 

Maria Olivia Vasconcelos Ramos

Imagem de MARIA OLIVIA VASCONCELOS RAMOS
Formação:
Graduação: Licenciatura Curta em Ciências
                    Licenciatura Plena em Matemática.
               Especialização: Matemática (PUCMINAS); Informática na Educação (UFLA).

Experiências:
Professora de Ciências nos anos finais do ensino fundamental na rede estadual de ensino;
Professora de Matemática nos anos finais do ensino fundamental na rede estadual, municipal e particular de ensino;
Professora de Matemática no ensino médio na rede municipal e particular de educação;
2001 a 2012 – atuei na Secretaria Municipal de Educação, sendo que de 2003 a 2009, participei da implantação e implementação da Casa do Professor, setor do departamento de Ensino, para apoio e formação de educadores.
Atuo na Secretaria Municipal de Educação – SMED, como Técnica em Conteúdo Curricular em Informática na Educação.

  Em 2009, não participei das discussões, mas, como naquele ano trabalhava na Casa do Professor, local que aconteceram a maioria dos encontros, vi a movimentação e tinha muita curiosidade sobre o que estavam estudando e discutindo, porque sempre ouvia comentários que as discussões e os temas estudados eram enriquecedores.
  Em 2010, de volta a Secretaria Municipal de Educação, como Técnica em Conteúdo Curricular, acompanhei a implantação da escola em Tempo Integral na secretaria e nas escolas.
  Vivemos muitas dificuldades, o estudo dos cadernos pedagógicos da escola em tempo integral e ao mesmo tempo a visita nas escolas. Vivemos a realidade das escolas que tiveram como grande problema a precariedade da estrutura física, que no ano de 2010 foi um entrave para as ações pedagógicas. Podemos relatar também a insatisfação dos funcionários das escolas, no que diz respeito a horário, salário, material e espaço físico.
  Ano de 2011, ainda com problemas de estrutura física, desencontro de horários para as formações.
2012, principalmente para a equipe de formação do Departamento de Ensino tem sido um ano de conquistas, consolidando os grupos de estudo.

Nadir Moraes Silva















Formação: Graduação:Direito Educacional
                    Especialização: Supervisão Escolar, Teologia/Ensino Religioso

Experiências:
Professora regente do Ensino Fundamental /E.E.Quintino Bocaiuva,pelo Estado;
Pedagoga das  Escolas Municipais Adélia Ribas,Antonio Rodrigues Coelho, Olegário Maciel;
Diretora da Escola Municipal Antonio Rodrigues Coelho;
Diretora da Escola Municipal Marilourdes Nunes Coelho;
Coordenadora dos Programas e Projetos da SMED em Educação Fiscal,Ensino Religioso,Educação para o Trânsito e Colegiado Municipal de Pais;                         
Conselhos  Municipais :CMDCA-Conselho Municipal da Criança e Adolescente;COMAD-Conselho Municipal Ante Drogras;Conselho Municipal da DENGUE; 
Membro da Comissão da Avaliação de Desempenho no período Probatório;
Membro da Comissão da Avaliação de Desempenho para Progressão.
                        
Apresentação:
   Sou pedagoga com uma carga horária de 22:30 do Ensino Fundamental, lotada na SMED. Atualmente atuo na função de Pedagoga do Ensino Fundamental Anos Finas– Presto assessoria à E.M.Helvécio Dahe e Micropolo do Brejaubinha.Participo dos cursos de formação pela SMED,sou representante da SMED no COMAD- Conselho Municipal Ante Drogas e membro atuante da Comissão da Avaliação de Desempenho para Progressão.
   A ETI- Escola em Tempo Integral iniciada pelo município de Governador Valadares em 2010 veio amenizar o problema das crianças e adolescentes em situação de risco com uma carga horária de 8h(oito) horas. Mas neste ano de implantação da ETI houve muitas insatisfações por parte dos professores, devido alguns prédios das escolas municipais não estarem em condições de funcionar devido aos à falta de espaços físicos, falta de professores, concurso público, dentre outros.
   Em 2011, apesar da insatisfação dos professores em relação à jornada de trabalho diferenciada (cargos de 22h e 30 min e 40h), falta de espaços adequados para estudo, impasse em relação ao almoço, podemos registrar alguns avanços: a formação continuada em serviço foi reestruturada para melhor atender aos professores; reformas e ampliações de espaços iniciaram-se em algumas escolas, porém o problema ainda persiste.
   Para 2012, os desafios continuam, mas esperamos que os recursos para reforma, ampliação e adequação conseguidos pela Secretaria através do PAR – Plano de Ações Articuladas, seja disponibilizado e os demais problemas em relação ao funcionamento da ETI sejam superados.

Nilcéia do Carmo Bersan Andrade

jpge


Formação Acadêmica
1981 – 1984
Graduação de Pedagogia com  Orientação Educacional
Faculdade de Filosofia – Ciências e Letras de Colatina – ES.
1985 – Especialização em Supervisão Escolar
1986 – Pós-Graduação em Orientação Educacional
1987 -  Especialização em Inspeção Escolar
    UNIVALE (Faculdade Percival Fharquar)
    Governador Valadares – MG.
1990 – Magistério/Matérias Pedagógicas – Ensino Médio
Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Colatina – ES. Fundação Castelo Branco.
1992 – Pós-Graduação em Planejamento de Ensino
Associação Salgado Filho – Rio de Janeiro – RJ.
2004 a 2008 - Curso de Formação Continuada em Língua Portuguesa
Anos Iniciais – “Programa Escola Que Vale”/ CEDAC.
    São Paulo –SP. (Ministrado em GV.)
2007 a 2010 – Curso de Formação Continuada em Matemática
Anos Iniciais – “Programa Escola Que Vale”/ CEDAC.
    São Paulo –SP. (Ministrado em diversos municípios – Rodízio).
2008 – Pós-Graduação em Gestão Educacional
UNIVALE - Governador Valadares – MG.
2008 e 2009 – Curso de Formação Continuada em Matemática
Anos Iniciais – MEC em parceria com a UFRJ. RJ.

Experiência Profissional
1981/82/83/84 – Regência de turma – Anos Iniciais
E.E. Padre André Colli – Santa Rita do Ituêto – MG.
1985/86 – Orientadora Educacional – Anos Iniciais e Finais
E.E. de Goiabeira/Conselheiro Pena – MG.
E.E. Gerson de Abreu – Conselheiro Pena – MG.
1990 – Professora de  Língua Portuguesa –  Anos Finais
E.E. Polivalente – Conselheiro Pena – MG.
1991 a 1996  – Pedagoga – Anos Iniciais
E.M. Marilourdes Nunes Coelho – Governador Valadares – MG.
1996 a 2000 – Pedagoga – Anos Iniciais
E.M. Maria Elvira Nascimento – Governador Valadares –MG.    
2000 a 2005 – Pedagoga –  Anos Iniciais e Finais
E.M.  Ivo de Tassis – Governador Valadares – MG.           
2006 a 2008 – Pedagoga –  Anos Iniciais e Finais
E.M. Senador Teotônio Vilela – Governador Valadares – MG.
2009/2012 – Pedagoga com assessorias para Anos Iniciais e Finais.
Secretaria Municipal de Educação – SMED.
2007 a 2012 – Formadora em cursos para pedagogos e professores, promovidos pela SMED, na área de Matemática – Anos Iniciais, com monitoramento do “Programa Escola Que Vale”/CEDAC e do Programa Pró letramento – MEC.

Ações mais frequentes a partir de 2009, desde a implantação
da Escola em Tempo Integral:
        – Participação na implantação da Escola de Tempo Integral na maioria das escolas municipais, nas assembléias, nas discussões,  na elaboração dos cadernos temáticos, diários, cadernos pedagógicos e outros, que são de uso da secretaria de educação, das escolas, dos pedagogos e dos professores.
        – Atendimento a solicitações dos diretores, pedagogos, professores, pais, alunos e outros, com necessidades diversas.  
        – Elaboração de pautas para reuniões, encontros e outros.
        – Participação na organização de seminários, fóruns e outros eventos que  são promovidos pela SMED.
        – Assessoria às escolas municipais para:
           ◦  Orientações e auxílio aos pedagogos, na realização dos trabalhos   com os grupos sob suas coordenações.
           ◦  Informações, solicitações e auxílio aos diretores, no cumprimento de sua função de gestora administrativa e pedagógica.
            ◦ Acompanhamento dos trabalhos e dos estudos coletivos por Ano do Ciclo/Anos Iniciais e por eixos temáticos/Anos Finais.
            ◦ Análise de resultados das aprendizagens dos alunos, estudo e novas propostas para as práticas pedagógicas, junto aos pedagogos, professores e diretores.
             ◦  Propostas e auxílio na reorganização e aproveitamento de espaços educativos, necessários a uma educação mais integral.
             ◦ Propostas diversas de reorganização de turmas de alunos que necessitam de apoio pedagógico para resgatarem suas aprendizagens.
              ◦ Orientações aos professores de apoio pedagógico para trabalharem melhor as necessidades dos alunos.
              ◦ Outros.
         –   Atuações diversas, além das citadas anteriormente, de acordo com as     necessidades que surgem em minha rotina de trabalho. 
                                                                         
 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCACAO
GOVERNADOR VALADARES – MG.
ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL

A ETI, como já e do conhecimento da maioria do povo valadarense, nasceu de uma bandeira da prefeita Elisa Costa para seu governo, no período de 2008 a 2012, e também de uma análise das necessidades sociais de nossa cidade.
Em 2009, a idéia começou a ser discutida na Secretaria de Educação, com a explanação do assunto sobre os objetivos da proposta, as atribuições de cada departamento, a elaboração e redação da proposta da ETI, os encaminhamentos a serem feitos, o acompanhamento as escolas e outros compromissos que deveriam ser assumidos pelas equipes da secretaria. Para suporte e segurança na condução e comprometimento com tantas novidades e responsabilidades, a secretaria contratou o sociólogo e educador, Ruda Ricci, conhecedor do teor do projeto e com experiências ricas para orientar as equipes, com encontros e assessorias. O caminho percorrido junto a ele foi cheio de grandes aprendizagens e aquisição de maior autonomia para enfrentar os desafios e conduzir melhor os trabalhos da rede.
Todas as equipes assumiram então suas atribuições, entre elas:
·      Elaboração dos Cadernos Temáticos, por eixo, contemplando:
◊  As diretrizes da ETI (justificativa, objetivos, reorganização do currículo para a nova proposta          e outros)
            ◊  As disciplinas agrupadas em tres eixos temáticos.
             - Comunicacao e Múltiplas Linguagens: Português – Matemática – Língua Inglesa – Artes.aj
             - Identidade e Diversidade: Historia – Ensino Religioso – Educação Física.
             - Sustentabilidade e Protagonismo: Geografia  Ciências.
           ◊ Quadro explicativo sobre as fases do desenvolvimento humano, por Ciclo.
           ◊ Quadro explicativo sobre a Tipologia de Conteúdos por Ciclos: Conceituais, Procedimentais e Atitudinais.
           ◊ Outros.
·        Participação em assembléias nas escolas do meio urbano e rural, para explicações e esclarecimentos sobre a implantação da ETI.
·       Visita/assessorias as escolas para ajudar na reorganização dos espaços e outras necessidades.
·      Busca por aluguéis de espaços/anexos para funcionamento de turmas que não poderiam ser comportadas nas escolas/sede.
·       Encontros e reuniões para estudos e discussões sobre a ETI, para ampliar os conhecimentos de toda a equipe.
·        Planejamento de pautas, preparação de materiais para a aplicação das formações continuadas.
·       Promoção de eventos para os profissionais da rede, como: seminários, fóruns e outros.
·      Outros.
De um sonho que era, a ETI  vem se tornando realidade desde 2010. Realidade com muito sacrifício das escolas municipais, onde resistência, revolta e indignação por uma boa parte de educadores, permeavam os ambientes escolares. Eles argumentavam e/ou reclamavam diante das questões listadas a seguir:
·        Implantação sem muito planejamento pelas autoridades responsáveis pelo projeto.
·        Implantação em todas as escolas, exceto, quatro urbanas e uma rural, na época. Defendiam que deveria ser de pouco a pouco, a cada ano.
·          Falta de preparação da maioria dos profissionais que seria envolvida no processo de sustentação da ETI.
·          Falta de estrutura física das escolas, mais exatamente quanto ao número de salas de aula, banheiros, sala para estudos, sala de professores, refeitórios, cantina, quadras, pátio e outras áreas necessárias para comportar uma escola em tempo integral com uma educação integral.
·         Desconforto para os professores, uma vez que seu espaço fora da sala de aula se limitava a um espaço que ficou pequeno para tantas pessoas ocuparem ao mesmo tempo.
·         Resistência dos alunos maiores de ficar na escola por um período mais extenso.
·         Uma mudança brusca nas rotinas de trabalho.
·         Um número muito grande de alunos, freqüentando a escola ao mesmo tempo.
·         Não oferecimento do almoço para os professores, justificado por lei.
·         Outros.
       Junto à proposta da ETI, veio um concurso publico realizado em janeiro de 2010, com muitas classificações e situações diversas entre os profissionais que integrariam o quadro da educação do município, entre elas o compromisso de trabalhar com a carga horária de 40 horas. Isso também causou algumas complicações, visto que muitos já eram portadores de um cargo efetivo ou de um contrato no estado ou na própria rede. Logo também, a secretaria municipal colocou em evidência, uma lei, publicada em 2002, na gestão anterior do PT,  na qual, consta a alteração da jornada do professor, de 15 horas/aula para 18 horas/aula, ou seja, de 18 modulos passou para 22 modulos de 50 minutos cada, para serem trabalhados diretamente com o aluno. Dessa forma, para o professor dar conta dessa carga horária, precisava então trabalhar de 2ª a 6ª feiras, de modo que não teria mais o privilegio da folga semanal e que às vezes, trabalharia o 6º horário. Houve insatisfação geral entre os envolvidos, acompanhados do sindicato dos professores. Houve reivindicações, paralisações, greves e outras manifestações.
     Hoje, 2012, muitas dessas questões já foram resolvidas, outras amenizadas, outras adequadas. A secretaria tem lutado muito por melhorias físicas, junto aos diretores. Tem buscado por espaços/anexos e também por recursos e estratégias que ajudem no melhor funcionamento da ETI. Tem oferecido formações pedagógicas para pedagogos e professores de anos iniciais e finais, diretores e vices, e administrativas, para equipes das secretarias das escolas e de novo para diretores. Para tanto, a secretaria mantém  equipes de trabalho nas áreas pedagógica, administrativa e técnica, para dar suporte às escolas, para assumirem as formações citadas e desenvolverem outros trabalhos necessários à demanda da SMED.
        Pensando ainda em questões de maiores conhecimentos sobre o que permeia uma escola em tempo integral, a secretaria de educação buscou uma parceria com a UFMG, mais especificamente com o grupo TEIA, para oportunizar à rede, um curso para maiores conhecimentos , trocas de experiências, integração e outros que poderão contribuir para o crescimento profissional de todos que participarem.
          Atualmente, com muitos problemas já resolvidos, uma necessidade que se faz ainda muito presente aos nossos olhos, é a “condição” do professor na escola. Há que se pensar em uma política voltada para ele. É necessário cuidar de sua saúde física, mental e social, uma vez que, para compor  um quadro profissional de uma escola em tempo integral que busca a plenitude do ser humano, tem-se que ter primeiro, qualidade de vida no ambiente escolar, onde todos se sintam confortáveis e satisfeitos.